Mentiras Sinceras me interessam

Esta mensagem inicial do blog explica, se é que é preciso, o título do mesmo. Todos sabem que é parte da letra de uma música de Cazuza (abaixo) (...) "mentiras sinceras me interessam". Tem outra frase que poderia ser usada. É de uma amiga minha (não me perguntem de quem); "Mente, mas mente gostoso
". Claro que o blog não será usado para difundir mentiras, mas os leitores talvez se identifiquem com a dose de ilusão necessária e até fundamental que coloco em tudo o que faço e escrevo. Utopia, ainda é, uma droga lícita. Mas use com moderação.

"Entre a sinceridade ferina e a falsidade carinhosa, prefiro a última. No jogo impreciso do amor, vale mais a intenção forjada do que a fúria da razão. Portanto, entre a espada crua da verdade, mentiras sinceras me interessam"


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domingo, 24 de julho de 2011

Freud Explica - Mecanismos de defesa do EGO

Eis descrições reduzidas de alguns mecanismos de defesa comuns do ego:

Negação: defender-se da ansiedade "fechando os olhos" à existência da realidade ameaçadora. A pessoa recusa-se a aceitar como fato algum aspecto da realidade que provoca ansiedade. A ansiedade em relação à morte da pessoa amada manifesta-se, muitas vezes, pela negação do fato da morte. Em situações trágicas, tais como a guerra e outros desastres, as pessoas tendem a ficar cegas diante de realidades cuja aceitação seria dolorosa demais.

Projeção: atribuir a outra pessoa aqueles traços que são inaceitáveis para o próprio ego. O indivíduo nos visualiza outros as coisas que lhe desagradam e que não pode aceitar em si mesmo. Assim, pode-se condenar os outros por seus "procedimentos pecaminosos" e negar que se possua tais impulsos para o mal. Para evitar a dor decorrente do reconhecimento, em si mesmo, de tendências julgadas imorais, a pessoa divorcia-se de tal realidade.

Fixação: ficar "preso" a um dos estágios primitivos do desenvolvimento, porque dar o próximo passo envolveria a expectativa de ansiedade. A criança superdependente exemplifica a defesa por fixação; a ansiedade impede a criança de aprender a tornar-se independente.

Regressão: retirar-se para uma fase inicial do desenvolvimento, onde as exigências não sejam tão grandes. Por exemplo, uma criança, que é amedrontada na escola, pode permitir-se um comportamento infantil tal como chorar, chupar o dedo, esconder-se e agarrar-se a uma professora. Ou a criança pode reverter a formas menos maduras de comportamento, quando um novo bebê aparece em sua casa.

Racionalização: munir-se de "boas" razões para justificar o ego ferido; auto-engano, de forma a que a realidade de algum desapontamento não seja tão penosa. Assim, quando as pessoas não conseguem as posições que pretendiam em seu trabalho, muitas vezes descobrem as mais variadas razões para se sentirem realmente contentes por não terem alcançado aqueles postos. Ou, ainda, um rapaz, sendo abandonado pela namorada, talvez acalme seu ego atingido persuadindo-se de que ela não valia tanto, afinal, e de que estava já a ponto de descartar-se dela.

Sublimação: usar formas superiores e mais socialmente aceitáveis, para dar vazão aos impulsos básicos. Por exemplo, os impulsos agressivos podem ser canalizados para esportes competitivos, objeto de aprovação social, de modo que a pessoa encontre um meio de expressar sentimentos agressivos e, como benefício adicional, seja freqüentemente recompensada pelo sucesso alcançado nas competições.

Deslocamento: dirigir a energia para outro objeto ou pessoa, quando o objeto ou pessoa original se encontra fora do alcance. O jovem que, cheio de ressentimento, gostaria de atacar seus pais, atinge um alvo mais seguro: sua irmã menor (ou o gato, se ela não estiver perto).

Repressão: esquecer conteúdos que são traumáticos ou ansiógenos; jogar a realidade inaceitável no inconsciente, ou nunca tornar consciente o material conflitante. A repressão, um dos conceitos freudianos mais importantes, é a base para muitas outras defesas do ego e para perturbações neuróticas.

Formação reativa: comportar-se de modo diametralmente oposto aos desejos inconscientes; quando sentimentos profundos são ameaçadores, o indivíduo usa a cobertura do comportamento oposto para negar esses sentimentos. Por exemplo, devido à culpa, a mãe que sente estar rejeitando seu filho pode caminhar para o comportamento oposto da superproteção e do "amor em excesso". Pessoas que são por demais simpáticas e doces podem estar escondendo hostilidade reprimida e sentimentos negativos.


Texto do Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia - ESAB

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